terça-feira, 20 de maio de 2014

crônicas do mundo atual

Um turbilhão de sensações como se a adolescência ainda estivesse queimando no seu furor. Nervosa, agoniada, feliz, excitada, o sono deixando tudo com aquela sensação de que tudo que acontece está emendado; os sonhos sem sentido em que cai uma tempestade relutante, o clube da luta, a constipação, o trabalho. Já não sei mais o que escrever porque a inspiração só vem em momentos errôneos como na hora da academia em que passa todo aquele trecho perfeito na cabeça e quando você chega em casa só sobra migalhas de pensamentos; a falta de substâncias psicoativas que geralmente aumentam os transtornos colidindo com os hormônios da tensão pré-menstrual; ansiedade por ter tantas dívidas e a admiração da vida ao mesmo tempo tão agoniante e tão maravilhosa. Tento esquecer os problemas e concentrar no foco, tento me dividir entre ter um momento de lazer após o trabalho ou descansar o corpo que pede por uma boa noite de sono. Deixo para o fim de semana, são só mais 3 dias. Dou um descanso de meia hora às 20h e me preparo para treinar, o príncipe já está lá em baixo com seu cavalo branco, surto de sono e fome, preciso dormir, tento me dividir entre o descanso de uma noite de sono ou controlar minha fúria já absurda pela falta das susbtâncias, falta de sono, hormônios oscilando e a constipação. Preciso vigiar sempre, pra que não saia do controle e termine o fim de semana desistindo da vida olhando uma timeline ridícula assistindo a vida - dos outros - passar. Preciso escrever pois escrever é bom. Quanto mais se escreve, mais se tem a habilidade de comunicar - coisa que eu havia perdido. Vou acordar daqui há 7:20min e ainda tenho que me lavar e me arrumar e ter mais um tempo de lazer - isso se eu não desmaiar pra mais um dia de labuta. Adoro a minha vida, adoro a correria da cidade grande, adoro quando o caos do problema colore a minha vida. Adoro a cultura. Sou uma nova pessoa há algum tempo, tenho crescido. 20 linhas já não são impossíveis de preencher, o difícil agora é parar. Tantos sonhos a se realizar. Tanta coisa a se aperfeiçoar. Não sou mais a criança que tinha tempo para pedalar até o açude mais próximo, não sou mais aquela pessoa de um ano atrás, insegura que sentia o coraçao acelerar tristemente às 19h porque teria de voltar pra casa, que vomitava e não podia falar com ninguém. Também não sou mais a jovem adolescente que morava no interior e via estrelas cadentes sob efeito de anti-respingo ou um anti-inflamatório qualquer. Sou uma adulta e até que tenho gostado dessa realidade, porém a criança louca dentro de mim nunca irá morrer, e é bom mesmo que ela apareça de vez em quando pra sacudir toda essa loucura - ou falta de.

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